Caro Latuf,
após as primeiras leituras de seus versos, um marulhar de palavras veio habitar comigo. Estou faz uma semana preparando um poema em prosa e, enfim, ei-lo, em primeira mão para você. A você dedicado, por obra de seus versos terem despertado em mim o encanto do mar. Será divulgado no Poiésis de setembro.
Abraço fraterno,
Camilo Mota
Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Artewww.jornalpoiesis.comO MAR A TODOS UM DIA CHAMACamilo MotaPara o poeta Latuf Isaias MucciSereias se disfarçam nesse vento suave que vem me buscar em final de tarde. Caminho em direção à beira do Atlântico para ver ondas, pessoas, areias e cães consumindo-se no derradeiro brilho do sol. O mar nunca se esconde. Mesmo à noite — lua nova, espuma branca — o som invade almas com seu canto de acalanto. Há quem passe indiferente a tudo, cabeça baixa, murmurando dores de amores que não tem. E uma maresia suave, como lágrima distribuída ao vento, percorre a face do homem triste que ao longe desaparece. As ondas preenchem o tempo novo de buscar a terra firme. E trazem no alto, desafiadoras, pranchas multicores numa luta desigual e constante pelo equilíbrio do mundo. Surfar é um estado de espírito. (Homem que voa nos cabelos de Iemanjá). A praia é lugar de horizonte aberto para o céu de onde sereias-estrelas refazem o tempo.
Camilo Mota é editor do Jornal Poiésis, membro da Academia Brasileira de Poesia, reside em Saquarema-RJ.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
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