terça-feira, 22 de setembro de 2009

BRASÍLIA , FLOR DO SERRADO

Depois de mais de dez anos, voltei a Brasília, que visitei, pela primeira vez, nos anos 70, tendo me hospedado no Hotel Brasília, incendiado logo depois. Lá estive durante três meses, como representante da TELERJ - onde, à época eu trabalhava - , seguindo treinamento gerencial na EMBRATEL. Retornei uma segunda vez à Capital Federal a fim de defender, junto à CAPES, o Programa de Pós-Graduação em Ciência da Arte, da UFF, de que sou o decano. Desta feita, fui presidir, em congresso sobre "Arte & Tecnologia", uma mesa, que montei com orientandos meus, de doutorado e de mestrado, e apresentar trabalho, intitulado "O professor, este ser estranho em tempos de ciberespaço". O congresso foi muitíssimo bem organizado e, embora o tema não me interesse muito de perto, quis ir a fim de estar com meus orientandos e vê-los brilharem fora dos muros uffianos. Brasília sempre me encantou. Tem plasticidade única. É futurista, sem agredir. Segundo Ricardo Portella, meu orientando de doutorado, "Brasília é um autorama". É linda a metáfora, porque remete tanto a jogo quanto à infância. Do décimo andar de nosso hotel, Alvorada, por sinal e sem modéstia alguma, eu via, espantado como uma criança, o fluxo contínuo de carros: carros que vão, carros que vêem, carros que não param nunca, carros que não se cruzam jamais. Cada brasiliense tem um carro. O carro é o personagem de Brasília. Mas o que mais me deslumbra naquele Planalto Central é a catedral: branquíssima, levíssima, super-gótica, com suas torres que são asas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário