domingo, 13 de dezembro de 2009
BELEZA
A primeira definição do belo, aprendi-a, em minha remota e enclausurada adolescência, com São Tomás de Aquino(1225-1274): "quod visum placet". Com o tempo, a experiência estética e, sobretudo, o magistério na área da arte e da literatura, ampliei o conceito tomista: o belo é aquilo que agrada, não apenas à visão, como ao tato (roço, voluptuosamente, meu tapete persa), ao olfato (esses jamins do meu jardim me inebriam a alma), ao paladar ("una bella pasta", dizem os conterrâneos de São Tomás), ao ouvido ("se não houvesse a música, o mundo seria um equívoco", enunciou Nietzsche, amigo-inimigo de Wagner), mas, ainda, ao intelecto ( a beleza de uma equação matemática, ensinou Fernando Pessoa). Para mim, o belo tem que ser, necessariamente, ético.
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