Assistindo ao filme "Caetano Veloso, coração vagabundo", de Fernando Grostein Andrade, certifico-me, ainda mais, da genialidade do artista baiano. Sou, literal e metaforicamente, entusiasmado pelo poeta de "Alegria, alegria" e até notei que sua fronte é um real pentagrama, daí resultando, talvez, tanta musicialidade em sua poesia e tanta poesia em sua música. Descubro que, como ele, também adoro São Paulo, onde desenvolvi meu pós-doutorado na USP; como me disse meu mui dileto orientador, Masaaud Moisés, um cavalheiro libanês: "Esta cidade tem visgo". Também John Cage adora São Paulo, sobretudo por três coisas: o vão do MASP, de onde se descortina a cidade; o número exuberante de flores, que enfrentam o estresse da megalópolis; a desorganização dos prédios, que conversam entre si. São Paulo é, segundo Caetano, o avesso do Brasil e eu a considero a cidade mais brasileira, porque tem todos os sotaques brasileiros, todas as etnias deste nosso País multicultural, toda a alegria deste povo carnavalesco. Vendo, revendo, relendo Caetano Veloso, muita coisa acontece em meu coração.
PS Lembro-me, agorinha, de que minha mãe, quando queria repreender minha ousadia de comportamento, me chamava de Caetano Veloso. No fundo, ela sabia que eu adorava o xingamento, que me soava puro elogio.
sábado, 24 de abril de 2010
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