sábado, 30 de maio de 2009
BARTHESIANAMENTE FALANDO
“Não há nenhum lugar sem linguagem: não podemos opor a linguagem, a verbal, e até a verbosa a um espaço puro, digno, que seria o espaço do real e da verdade, um espaço fora da linguagem. Tudo é linguagem, ou mais precisamente a linguagem está em todo o lado. Atravessa todo o real; não há real sem linguagem. (...) Tentamos criar com a linguagem burguesa as suas figuras de retórica, os seus modos sintáticos, os seus valores de palavras, uma nova tipologia da linguagem: um espaço novo em que o sujeito da escrita e o da leitura não têm exatamente o mesmo lugar. Este é todo o trabalho da modernidade” (BARTHES, Roland. O grão da voz, Lisboa: Edições 70, 1981, p. 159)
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