quarta-feira, 7 de julho de 2010

VIVA CAZUZA, POETA PÓS-MODERNO!

Faz hoje 20 anos que Cazuza "encantou-se", como diria Guimarães Rosa a respeito de morrer. Foi ele um poeta da linhagem de Walt Whitman e de Pasolini, com quem, aliás, se parece muito quando enverga aquela bandana vermelha. Foi ele um menino revoltado. Foi ele um burguês, crítico atroz da burguesia, "que fede". Foi ele uma presença linda no palco, com uma figura leve, alada, quase diáfana, mesmo berrando palavras contundentes. "O poeta não morreu", porque são eternas suas canções, todas antológicas e feitas de sangue, suor e esperma. Cazuza morreu de "overdose": exagero de amar, exagero de criar, exagero de ser.

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