sexta-feira, 23 de outubro de 2009

INSÔNIA DICIONARÍSTICA

Se há uma coisa que me tira, literalmente, o sono, são os verbetes que venho compondo para o EDTL (Eletrônico Dicionário de Termos Literários"), organizado por Carlos Ceia, da Universidade Nova de Lisboa. Tenho paixão por dicionários, que, desde minha mais tenra infância, consulto e leio, como se fossem romances. Na revista "Matraga", da UERJ, li, certa vez, um ensaio belíssimo "Alegoria", assinado pelo professor português, que anunciava a edição de um dicionário de termos literários. Desde aquele longínquo ano de 2000, comecei a procurar, ansiosamemente, o tal dicionário, que vim a encontrar "online" e de que me tornei o mais fecundo colaborador. Adoro escrever meus verbetes e até penso em me aponsentar para dedicar-me 25hs, ao dia, à fatura de entradas. Noite passada, tive aquela que, no conto "Peru de Natal", o nosso amoroso Mário de Andrade (1893-1945) chama de "insõnia feliz"; eu não conseguia dormir, porque me rodopiava na imaginação, na memória, na razão, um verbete que quero tecer: "fragmento". Levantei-me da cama incômoda e tracei algumas linhas, alguns fragmentos, algumas idéias do que virá a ser o meu novo verbete, sonho que me acorda e me faz feliz. Muito em breve, hei de ver-me, fragmetária e totalmente, em mais um verbete "online".

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