Quando eu fazia mestrado em Ciências Sociais na Universidade de Louvaina, na Bélgica, tive contato com alguns haitianos, cuja imagem me ficou de uma alegria, parecida com a dos brasileiros, e do "slogan", que repetiam, de seu país caribenho, "Haïti chéri", por eles pronunciado com o "r" carregado, como o do interior paulistano e mineiro.
É inimaginável a hecatombe que se abateu sobre aquele país, já paupérrimo, de que os canais de televisão, todos, nacionais e estrangeiros, não cessam de mostrar as imagens dantescas. No meio de tamanha desgraça, procurei um sorriso, que acenasse uma esperança. Não o tinha achado, mas, ontem, foi mostrado um bebê de uns três ou quatro meses que, soterrado por mais de 200 horas, foi resgatado e que, ao salvar-se, simplesmente levantou os bracinhos, comemorando como se fosse um jogador de futebol após o gol. Tinha ele o mesmo gesto celebratório do meu neto primogênito, João Otávio Latuf, em uma foto,com a mesma idade do bebê haitiano, em que está, face ao Padre Maia, meu antigo reitor do seminário de Mariana, regendo a missa de Beethoven, no "dvd".
Haverá alguma esperança para o Haiti ou "esperança" é apenas mais uma palavra-clichê?
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
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