quinta-feira, 9 de abril de 2009

OMMAR KAYYAM (1048-1131)

Rubayat 23-49
Ommar Kayyam

Ah, é tudo um tabuleiro de noites e dias
Os homens são peças e o fardo temerário
Com elas joga e move e toma e dá o mate
E uma a uma as recolhe, e vai guardar no armário.
No céu, a mão esquerda da alvorada
Eu sonho. Na taverna uma voz escuto na algazarra: 'Despertai meus pequenos, e enchei bem o copo antes que seque o vinho da vida em sua jarra'
Façamos o que é mais do que há por fazer antes também que nós ao pó vamos enfim

Pó vai para o pó, sobre o pó vai jazer, sem vinho, sem canções e sem cantor. Sem fim.

Tão cedo passa tudo quanto passa!
Morre tão jovem ante os deuses quanto morre!
Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Circunda-te, pois, de rosas, ama, bebe
E cala. O mais é nada.

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