«I know not what tomorrow will bring.» Em tradução literal, contra-gramatical: Eu sei não o que o amanhã trará. Uma frase em inglês classicizante que fez o infatigável Jorge de Sena espiolhar as obras de Shakespeare, com resultado infrutífero, pois convencera-se que o verso de adeus de Pessoa seria uma citação do autor que o poeta mais admirara. Interessa-nos aqui ler nessa frase o modo como o tempo e a busca do conhecimento se unem em gnóstica máxima: o amanhã da morte e a metamorfose que ela produzirá no sujeito que no ocaso da vida se interroga.
Armando Nascimento Rosa
domingo, 15 de março de 2009
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