quinta-feira, 12 de março de 2009

VITÓRIA SHERAZADE LATIFA

Vitorinha é linda, linda, linda. Saiu à mãe, Kátia, e tem a alma e o coração do pai, Otávio. Adora dançar e quer me ensinar balé. Tento, mas não consigo seguir seus passos, tampouco colocar os braços para cima, fazendo uma coroa na cabeça. Vitória, hoje com 4 gloriosos anos, nasceu a 14 de julho, dia da tomada da Bastilha. Nasceu em festa, portanto. Fazendo jus a seu nome de princesa persa, Vivi ama contar histórias, até para si mesma. Já a peguei falando sozinha, conversando com suas bonecas e com as tartarugas; ela insistia com as sete tartarugas que habitam o jardim de sua casa: "comam, meninas, comam!" Outro dia, Roseana Murray veio nos visitar e Vitorinha logo se jogou, toda amorosa, nos braços da escritora, que recebia, sorridente, os beijos da pequerrucha. Vitória contou histórias, misturando todas que conhece e, quando havia, na história, por ela narrada, um perigo, era João Otávio Latuf, seu irmão de 14 anos, que vinha salvá-la do lobo mau. Contando uma história de amor com seu namorado Vítor ("não é mais Enzo, Vitorinha, perguntei-lhe"), ela, a Sherazade pós-moderna, concluíu: "E eu fui feliz para sempre!". Roseana Murray adorou o epílogo, que repetiu para que eu também saboreasse uma frase lapidar da leitora-contadoradehistórias. Vitorinha é felicidade total.

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